O Projeto Loon, iniciativa da Google para levar internet a partes remotas, foi surpreendido recentemente, quando 1 de seus balões, comandado através de inteligência artificial, mudou sua tragetória. Ao analisarem, viram que o motivo da mudança é ainda mais surpreendente.
Após passarem vários meses aperfeiçoando um algoritmo usado na condução do balão de Porto Rico ao Peru, notou-se a trajetória incomum da aeronave que, no mesmo instante, teve seu controle tomado e fora reposicionado manualmente para rota tradicional.
Mais tarde eles perceberam que aquilo não era um erro, a inteligência artificial havia aprendido a recriar uma antiga técnica de navegação desenvolvida há séculos, que consistia em andar em ziguezague contra o vento, para que seja possível avançar na direção desejada, mesmo sob condições desfavoráveis.
“Rapidamente percebemos que tinham sido mais espertos que a gente, quando o primeiro balão autorizado a executar totalmente essa técnica bateu um recorde de tempo de voo de Porto Rico ao Peru”, escreveu Candido, integrante do extinto Projeto Loon, em um blog sobre o projeto.
Apesar da surpresa positiva, alguns pesquisadores temem que a inteligência artificial e os algoritmos de machine learning (aprendizado de máquina) possam se tornar imprevisíveis, como por exemplo em situações onde carros autômatos tomem decisões que coloquem a vida dos passageiros em risco.